domingo, 13 de abril de 2014

Projeto Escola Descolada

Através de orientações oferecidas pela UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos), a EMEF José Honório Rodrigues irá desenvolver esse ano uma série de atividades pedagógicas e encontros com alunos, professores e demais segmentos, para desenvolvermos o Projeto Escola Descolada, com o intuito de melhorarmos a qualidade do ensino que oferecemos, assim como a interação e o relacionamento entre todos os membros da nossa Comunidade Educativa. Na última semana, iniciamos o projeto apresentando uma Exposição de Arte desenvolvida pela professora Fernanda Ilário, que trabalhou uma sequência didática para que os alunos do Ciclo de Alfabetização pudessem aprender e conhecer a história da Semana de Arte Moderna - 1922.
 
 
 
 
                                                                                                                                                        
A Semana de Arte Moderna de 1922, realizada em São Paulo, no Teatro Municipal, de 11 a 18 de fevereiro, teve como principal propósito renovar, transformar o contexto artístico e cultural urbano, tanto na literatura, quanto nas artes plásticas, na arquitetura e na música. Mudar, subverter uma produção artística, criar uma arte essencialmente brasileira, embora em sintonia com as novas tendências européias, essa era basicamente a intenção dos modernistas.
Durante uma semana a cidade entrou em plena ebulição cultural, sob a inspiração de novas linguagens, de experiências artísticas, de uma liberdade criadora sem igual, com o conseqüente rompimento com o passado. Novos conceitos foram difundidos e despontaram talentos como os de Mário e Oswald de Andrade na literatura, Víctor Brecheret na escultura e Anita Malfatti na pintura.
A nova geração intelectual brasileira sentiu a necessidade de transformar os antigos conceitos do século XIX. Embora o principal centro de insatisfação estética seja, nesta época, a literatura, particularmente a poesia, movimentos como o Futurismo, o Cubismo e o Expressionismo começavam a influenciar os artistas brasileiros. Anita Malfatti trazia da Europa, em sua bagagem, experiências vanguardistas que marcaram intensamente o trabalho desta jovem, que em 1917 realizou a que ficou conhecida como a primeira exposição do Modernismo brasileiro. Este evento foi alvo de escândalo e de críticas ferozes de Monteiro Lobato, provocando assim o nascimento da Semana de Arte Moderna.
A Semana não foi tão importante no seu contexto temporal, mas o tempo a presenteou com um valor histórico e cultural talvez inimaginável naquela época. Não havia entre seus participantes uma coletânea de ideias comum a todos, por isso ela se dividiu em diversas tendências diferentes, todas pleiteando a mesma herança, entre elas o Movimento Pau-Brasil, o Movimento Verde-Amarelo e Grupo da Anta, e o Movimento Antropofágico. Os principais meios de divulgação destes novos ideais eram a Revista Klaxon e a Revista de Antropofagia.
O principal legado da Semana de Arte Moderna foi libertar a arte brasileira da reprodução nada criativa de padrões europeus, e dar início à construção de uma cultura essencialmente nacional.
Fontes:http://pt.wikipedia.org/wiki/Semana_de_Arte_Moderna
http://www.pitoresco.com/art_data/semana/index.htm

 
 
Sequência Didática desenvolvida pela professora Fernanda Ilário com as turmas do Ciclo de alfabetização (1º, 2º e 3º anos) que culminou
Assunto: Semana de Arte Moderna de 1922
·         Iniciamos a Sequência Didática falando sobre Tarsila do Amaral, artista que teve profunda influência no movimento modernista, apesar de não ter participado ativamente da Semana de Arte Moderna de 1922.
·         Realizamos a leitura do livro: Tarsila e o Papagaio Juvenal que explica de forma lúdica como foi criada a obra: “O vendedor de frutas” de 1925.
·         Foram oferecidas algumas explicações aos alunos, que posteriormente fizeram a releitura da obra: ”A cuca” de 1924, eles desenharam no caderno após ouvirem a história da inspiração do quadro. Tarsila ouvia historinhas de sua babá sobre a Cuca, que é um personagem típico do folclore paulista, Tarsila nascida em uma fazenda em Capivari, temia fazer travessuras por medo da Cuca.
·         Em outro momento foi lido para os alunos o livro: “Tarsila, a menina pintora” e solicitado aos mesmos que desenhassem o rosto dela na lousa.
·         Conversamos sobre a Semana de Arte Moderna que aconteceu em fevereiro de 1922, mostrei duas obras de pintores que foram apresentadas no Teatro Municipal na semana de 22: Fernanda de Castro de Anita Malfatti e Mulher Sentada de Di Cavalcanti.
·         Os alunos fizeram releituras da obra: “O pescador” de 1925, chamei atenção para o uso das formas geométricas usadas pela artista Tarsila do Amaral, os alunos fizeram também as releituras das obras: Palmeiras, 1925.
·         Montamos uma pequena exposição com os trabalhos dos alunos que ficarão expostos para visitação no pátio da escola.
 
 
 
 

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